“In memoriam”
É tarde para
os nossos sonhos não realizados
Somos uma história
de amor sem esperança
O passado já
nos distanciou, faz tanto tempo?
Ou não faz? Que
importa o tempo
Não tivemos
tempo para cultivar o amor
Nossos sorrisos
amarelaram, a voz emudeceu
Perdemo-nos
no meio do caminho...
Nem sei mais
de você, nem do teu jardim
As flores
que colheste para mim secaram
O orvalho
que nelas continha, transformou-se
Em lágrimas,
fonte de tristeza, dor doida...
Os espinhos cravaram-me
a carne, feriu minha alma
Hoje as
flores que colheste um dia para mim...
Estão “in
memoriam” enfeitando a lápide
Onde jaz o nosso amor...
O sonho acabou.
Onde jaz o nosso amor...
O sonho acabou.
Marta Lucena